CAIRO (Reuters) - O ex-presidente egípcio Mohamed Mursi, que está preso há dois anos, passará por exames médicos a pedido dele mesmo, depois de reclamar da comida na cadeia, afirmou neste sábado a imprensa estatal.
Mursi, que sofre de diabetes, disse que as refeições que recebe são "muito ruins", e parou de ingerir a comida da prisão "por sentir que ela não é segura para ele", informou a agência de notícias estatal MENA.
Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, que agora é um grupo político proscrito, foi eleito presidente em 2012, mas acabou derrubado pelo Exército em 2013, após protestos de massa contra o seu governo.
Desde então, as autoridades passaram a reprimir islamitas, uma política que já causou a morte de centenas de pessoas e a prisão de milhares.
O ex-presidente foi condenado à morte neste ano devido a uma fuga em massa de uma prisão durante a revolta de 2011. (Reportagem de Omar Fahmy)