BOGOTÁ (Reuters) - O número de pessoas infectadas pelo vírus Zika na Colômbia subiu 15,4 por cento na semana passada a 42.706 casos, incluindo 7.653 grávidas, disse neste sábado o Instituto Nacional de Saúde.
O relatório disse que na última semana o número de mulheres grávidas que contraíram o vírus aumentou 20,4 por cento. A Colômbia é o segundo país com mais casos de Zika na América Latina e no Caribe, depois do Brasil.
Do total de casos relatados, 67,2 por cento foi registrado em mulheres e 32,8 por cento em homens.
Até agora, as autoridades de saúde colombianas têm relatado um caso provável de microcefalia relacionado com o Zika e a morte de três pacientes pela síndrome de Guillain-Barre, que foram previamente diagnosticados com o vírus.
Muitos sobre o Zika ainda é desconhecido, incluindo se o vírus -transmitido mosquito Aedes aegypti- realmente causa microcefalia, um defeito congênito que faz a cabeça ser anormalmente pequena em bebês e o desenvolvimento do cérebro não é completa, o que pode causar dificuldades no desenvolvimento intelectual e físico.
O Brasil investiga a possível ligação entre o vírus em mais de 4.400 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos, embora nenhuma evidência concreta tenha se mostrado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o Zika como emergência de saúde global, porque se espalhou rapidamente de maneira alarmante.
O vírus tem também sido associada à síndrome de Guillain-Barré, uma desordem neurológica rara que pode enfraquecer os músculos e causar paralisia.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta e Nelson Bocanegra)