LONDRES (Reuters) - O número de mortos nos conflitos mais brutais do mundo aumentou em mais de 28 por cento no ano passado, na comparação a 2013, com o derramamento de sangue na Síria sendo o pior de todos os outros confrontos pelo segundo ano consecutivo, de acordo com um estudo divulgado na quarta-feira (horário local).
O instituto Projeto para o Estudo do Século 21 analisou dados de fontes incluindo o Exército dos Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos e o Iraqi Body Count, que mostraram que mais de 76.000 pessoas foram mortas na Síria no ano passado, acima das 73.447 vítimas em 2013.
Muitas das guerras mais violentas envolveram grupos radicais islâmicos.
Cerca de 21.000 vidas foram perdidas no Iraque enquanto o governo luta contra o Estado Islâmico, seguido pelo Afeganistão, com 14.638 mortes, e Nigéria, com 11.529, de acordo com a análise que o instituto afirmou que poderia facilmente subestimar a realidade.
"Avaliar os números de baixas em conflitos é notoriamente difícil e muitos dos números que estamos vendo aqui são provavelmente subestimados", disse o diretor-executivo do PS21, Peter Apps.
"O importante, porém, é que quando você compara os dados de 2014 e 2013 há um aumento muito significativo."
O conflito separatista no leste da Ucrânia levou o país à oitava posição na lista, sendo que em 2013 estava praticamente livre de conflitos.
Pelo menos 14 guerras separadas mataram mais de 1.000 pessoas em 2014, contra 10 em 2013.
A pesquisa aponta para uma tendência em desenvolvimento. No ano passado, o Instituto para a Economia e Paz, sediado nos Estados Unidos e na Austrália, relatou um aumento na violência relacionada a conflitos a cada ano desde 2007.