LONDRES (Reuters) - Os líderes do Grupo dos Sete (G7), que controla um pouco menos da metade da economia mundial, tentaram olhar além da pandemia de Covid-19 na sexta-feira, com o objetivo de reconstruir suas economias com livre comércio e também contrariar as políticas “não orientadas pelo mercado” da China.
O presidente norte-americano Joe Biden e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi estrearam na reunião virtual dos líderes do G7, presidida pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson.
Os líderes pediram defesas mais fortes contra uma futura pandemia, incluindo explorar a possibilidade de um tratado global, mas o foco foi em uma recuperação sustentável - no mesmo dia em que os EUA voltaram ao Acordo de Paris para o clima. "
"Empregos e crescimento serão o que precisaremos após esta pandemia", disse Johnson, na abertura da reunião.
Um comunicado oficial afirmou que o G7 incentivaria economias abertas, “fluxo livre de dados com confiança” e trabalhar em um “sistema de comércio multilateral modernizado, mais livre e baseado em regras mais justas”.
Após o Facebook bloquear notícias na Austrália, o presidente francês Emmanuel Macron levantou a questão de qual papel social as plataformas digitais deveriam ter na preservação da liberdade de expressão e como regulá-las, disse uma autoridade francesa na sexta-feira.
Líderes do G7 também apoiaram o comprometimento do Japão de realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio no meio do ano.
Em uma referência clara à China, afirmaram que “vão consultar um ao outro em abordagens coletivas para lidar com políticas e práticas não orientadas pelo mercado”.
Mas o tom do G7 foi cooperativo e coletivo - com Biden tentando projetar uma mensagem de reaproximação com o mundo e as instituições globais, após quatro anos das políticas de “EUA em primeiro lugar” do ex-presidente americano Donald Trump.
A pandemia de Covid-19 matou 2,4 milhões de pessoas, colocou a economia global em sua pior queda em tempos de paz desde a Grande Depressão e acabou com a vida normal de bilhões.
(Reportagem adicional de Steve Holland e Doina Chiacu em Washington; e Michel Rose em Paris)