Por Charlotte Greenfield
WELLINGTON (Reuters) - Um balão de pressão do tamanho de um estádio lançado pela Nasa na Nova Zelândia começou a coletar dados do espaço próximo nesta quarta-feira, no início uma jornada planejada para durar 100 dias depois de várias tentativas de lançamento serem frustradas por tempestades e ciclones.
O balão, concebido pela Nasa para detectar partículas cósmicas de energia ultra-alta vindas de fora da galáxia quando penetram na atmosfera terrestre, deve circundar o planeta de duas a três vezes.
"A origem destas partículas é um grande mistério que gostaríamos de solucionar. Será que elas vêm de buracos negros imensos no centro das galáxias? De estrelas minúsculas que giram rápido? Ou de outro lugar?", indagou Angela Olinto, professora da Universidade de Chicago e uma das principais pesquisadoras do projeto, em um comunicado.
O monitoramento do balão é só o início de uma longa busca, que em seguida irá envolver uma missão espacial atualmente sendo projetada pela Nasa, acrescentou ela.
O balão, lançado na terça-feira em Wanaka, na Ilha Sul da Nova Zelândia, irá coletar dados 34 quilômetros acima da Terra.
O país também sediou o programa de balões científicos da Nasa em 2015 e 2016.