Por Sanjeev Miglani e Devjyot Ghoshal
NOVA DÉLHI (Reuters) - Na tentativa de acabar com um impasse militar perigoso no oeste do Himalaia, Índia e China estão formulando um plano que envolve criar zonas sem patrulhamento, retirar tanques e artilharia e usar drones para verificar o recuo, disseram autoridades indianas.
As tensões estão altas desde junho, quando no mínimo 20 soldados indianos morreram depois de serem atacados por tropas chinesas com pedras e porretes. Autoridades da Índia dizem que as tropas chinesas violaram a fronteira disputada do vale remoto, e a China diz que as ações dos soldados indianos foram provocadoras.
Desde então, os vizinhos asiáticos possuidores de armas nucleares mobilizaram dezenas de milhares de tropas na divisa entre a região indiana de Ladakh e o planalto tibetano sob controle chinês, aumentando o risco de mais confrontos, apesar do esforço para amenizar a situação.
Depois de meses de progresso intermitente, os dois lados estão debatendo um desengajamento escalonado no deserto de altitude elevada, onde as temperaturas caíram para 18 graus Celsius negativos, disseram três autoridades do governo indiano.
"Temos um plano firme de desengajamento na mesa, ele está sendo debatido internamente dos dois lados", disse uma delas, pedindo anonimato.
Segundo o plano, compartilhado durante uma reunião de comandantes graduados nesta sexta-feira, as duas partes recuarão da área contestada do lago Pangong Tso e estabelecerão uma zona-tampão.