Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou uma eleição antecipada por ora nesta segunda-feira, já que um parceiro de coalizão evitou derrubar o governo mantido no poder graças a uma maioria parlamentar mínima.
O recuo do ministro da Educação, Naftali Bennett, surpreendeu muitos especialistas que haviam previsto que o líder do partido de extrema-direita Casa Judia renunciaria em protesto depois que Netanyahu rejeitou sua exigência de ser nomeado como ministro da Defesa e assumiu o posto.
Netanyahu, chefe do partido de direita Likud, vem fazendo esforços desesperados para evitar o colapso do governo, que tem uma maioria de um assento no Parlamento desde que Avigdor Lieberman renunciou à pasta da Defesa na semana passada.
Em seu anúncio de renúncia, falando do lado direito de Netanyahu, o nacionalista Lieberman atacou o governo por ter aceitado uma trégua com o Hamas, grupo armado dominante em Gaza, em meio a uma escalada nos episódios de violência na fronteira.
"Às vezes se ganha, às vezes se perde", disse Bennett em um discurso televisionado, minimizando o fato de Netanyahu ter rejeitado seu pleito pela chefia da Defesa, vista há tempos em Israel como a segunda mais importante do gabinete.
Caso Bennett tivesse retirado seu partido da coalizão enfraquecida, como autoridades deste ameaçaram fazer, Netanyahu teria ficado com um governo de minoria, tornando provável a realização de uma eleição nacional antes da data oficial de novembro de 2019.
Bennett disse que o Casa Judia está retirando todas as suas exigências políticas e que permanecerá ao lado do premiê de quatro mandatos.