Por Dan Williams e Rami Ayyub
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, venceu com facilidade uma votação para se manter no comando do partido Likud, informou a sigla nesta sexta-feira, em um impulso para o premiê antes do que provavelmente será mais uma eleição nacional bastante acirrada em março.
Uma contagem do Likud atribuiu a Netanyahu 72,5% dos votos da eleição partidária de quinta-feira e 27,5% para o desafiante Gideon Saar, que reconheceu a derrota, tuitando que agora apoiará o ocupante do cargo "em nome de uma vitória do Likud na eleição".
O desafio de Saar, ex-ministro da Educação e do Interior, aumentou as pressões que se intensificaram neste ano sobre o premiê, que foi indiciado e luta por sua sobrevivência política.
Em novembro, Netanyahu foi acusado de corrupção em três casos criminais e fracassou duas vezes ao tentar formar um governo na esteira de duas eleições nacionais inconclusivas, realizadas em abril e setembro.
Seu rival de centro nessas votações, Benny Gantz, do partido Azul (SA:AZUL4) e Branco, tampouco conseguiu montar uma coalizão de governo, o que criou um impasse político e encaminhou um terceiro pleito inédito para 2 de março.
Netanyahu rotulou o caso legal contra ele como uma caça às bruxas política orquestrada pela mídia e por uma esquerda israelense que espera derrubá-lo.
Embora os problemas do "Rei Bibi", como ele é apelidado pelos apoiadores, não pareçam ter abalado a lealdade destes últimos, alguns membros do Likud disseram que é hora de uma nova liderança.
Netanyahu, que está em seu quarto mandato, minimizou o desafio de Saar, louvando suas credenciais na área da segurança e seus triunfos internacionais.
Agradecendo aos apoiadores pela "enorme" vitória pela manutenção da liderança do Likud, Netanyahu tuitou que "continuará levando o Estado de Israel a conquistas inéditas".
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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