JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que apresentará “políticas responsáveis” nas conversas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizando para a extrema-direita israelense que limite suas exigências territoriais na Cisjordânia ocupada.
Netanyahu viajará a Washington na segunda-feira e vai se reunir com Trump na Casa Branca na quarta-feira, em seu primeiro encontro desde a posse do republicano no mês passado, com o conflito entre Israel e palestinos e políticas sobre o Irã na agenda.
Durante a campanha eleitoral em 2016, Trump indicou que seu governo seria uma bênção para Israel e difícil para os palestinos, após uma relação complicada entre seu antecessor, Barack Obama, e Netanyahu, que incluiu confrontos sobre a construção de assentamentos e o programa nuclear do Irã.
Mas desde então, Trump baixou o tom de seu discurso pró-Israel antes da visita de Netanyahu, uma mudança que pode ajudar o primeiro-ministro a manter em xeque os parceiros de coalizão ultranacionalistas que estão pedindo que faça pressão por uma agenda mais militante.
Em declarações públicas a seu gabinete no domingo, Netanyahu pareceu pedir que a extrema-direita suavize suas expectativas.
“Eu compreendo que há muita animação sobre esta reunião (com Trump”, disse. “Mas... minha preocupação primária é a segurança de Israel (e) fortalecer nossa sólida aliança com os Estados Unidos.”
(Por Jeffrey Heller)