DUBAI (Reuters) - Um cidadão egípcio-americano detido enquanto visitava os Emirados Árabes Unidos teme ser extraditado para o Egito por criticar as autoridades locais antes de o país sediar a conferência climática COP27 no mês passado, disse sua noiva neste domingo.
Os Emirados Árabes Unidos, um aliado próximo do Egito, prenderam Sherif Osman, que mora nos Estados Unidos, em 6 de novembro, a pedido de uma entidade da Liga Árabe responsável por coordenar a aplicação da lei e questões de segurança, confirmou uma autoridade dos Emirados Árabes Unidos à Reuters na quinta-feira.
O funcionário disse que as autoridades dos Emirados estão trabalhando para garantir "a documentação legal exigida na preparação do arquivo de extradição", sem especificar para qual país ou se um pedido específico de extradição foi feito.
O noivo de Osman, Saija Virta, disse que foi detido do lado de fora de um restaurante em Dubai, onde os dois estavam, e foi informado pelo Ministério Público que o Egito havia solicitado a detenção sob acusações que incluíam "falar negativamente contra instituições governamentais".
As autoridades egípcias não emitiram nenhuma declaração sobre o caso, relatado pela primeira vez pelo Wall Street Journal, e não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
(Reportagem de Ghaida Ghantous e Aidan Lewis)