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Nova lei alimentar da França elevará preços dos alimentos, dizem críticos

Publicado 02.10.2018, 15:16
Atualizado 02.10.2018, 15:20
© Reuters. Campo de repolho em Meistratzheim, na França

PARIS (Reuters) - O Parlamento da França aprovou nesta terça-feira uma lei "do campo ao garfo" concebida para elevar a renda dos agricultores, melhorar a qualidade dos alimentos e combater o desperdício, mas oponentes dizem que ela elevará os preços da comida e só beneficiará os varejistas.

A lei foi uma promessa de campanha do presidente Emmanuel Macron para apaziguar os agricultores, um eleitorado grande e importante na França que vinha se queixando há tempos das margens de lucro pequenas e das guerras de preços com os varejistas.

    Um dos principais elementos da lei é regular os preços mínimos e limitar as promoções em supermercados.

    O governo disse esperar que, aumentando as margens dos varejistas de um lado, estes aceitarão elevar o que pagam aos produtores do outro.

"É uma trapaça!", disse Michel-Édouard Leclerc, executivo-chefe da rede de supermercados Leclerc, a maior varejista de alimentos do país em fatia de mercado, ao diário Le Parisien na semana passada. "Não existe ligação com a renda dos agricultores".

Leclerc disse que a lei, que foi aprovada depois de mais de um ano de debates e conta com grande apoio de outras redes de supermercados, provocará um aumento de preços de 1 a 10 por cento em mais de 3 mil itens.

    A maioria destes não são produtos agrícolas e muitas vezes sequer são produzidos na França, disse ele, citando Coca-Cola, Nescafé e Nutella como exemplos.

    Ao invés de ajudar os agricultores a produzirem leite, ovos, carne, frutas e outros produtos primários, Leclerc argumentou que as medidas só aumentarão as margens de lucro dos grandes fabricantes e varejistas.

    Sindicatos de agricultores saudaram a tentativa de limitar as guerras de preços, mas criticaram os parlamentares por não acertarem referências de preços que levem em conta os custos dos agricultores com contratos e possam servir como base para negociações ao longo da cadeia alimentar.

© Reuters. Campo de repolho em Meistratzheim, na França

    Ao invés de impor referências de preços, os parlamentares deixaram cada setor livre para decidir seu próprio sistema, e muitos deles não conseguem chegar a um acordo sobre qual referência levar em conta.

    Entre outras medidas da lei "do campo ao garfo" estão uma proibição a garrafas de água de plástico em cantinas escolares, a canudos e mexedores de bebidas quentes de plástico, regras para o bem-estar dos animais e práticas ecologicamente corretas abrangentes.

    (Por Sybille de La Hamaide)

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