Por Delphine Schrank
TIJUANA (Reuters) - Dezenas de novas caravanas de migrantes da América Central entraram nos Estados Unidos para pedir asilo nesta quinta-feira, apesar das fortes críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, elevando o total para 158 desde o fim de semana passado.
Setenta homens, mulheres e crianças foram autorizados a entrar no movimentado porto de entrada da fronteira na manhã desta quinta-feira, de acordo com Alex Mensing, um organizador de caravanas do grupo de defesa Pueblos Sin Fronteras.
Outros 62 migrantes ainda estavam esperando por uma chance de iniciar o processo de asilo, disse ele.
Na segunda-feira, o Procurador-Geral dos EUA, Jeff Sessions, reforçou os recursos legais na fronteira, incluindo mais promotores e juízes, para lidar com os grupos de pessoas da caravana.
Ao longo da odisséia de 3.220 quilômetros da caravana desde o sul do México, seus membros majoritariamente hondurenhos, salvadorenhos e guatemaltecos seguiam esperançosos que eventualmente teriam a chance de apresentar o pedido de asilo para os EUA. Ao mesmo tempo, eles sempre souberam que seus pedidos poderiam ser rejeitados.
Trump quer endurecer as leis para tornar mais difícil para as pessoas reivindicarem asilo, citando um aumento de mais de dez vezes nos pedidos de asilo em relação a 2011.
Ele criticou as chamadas políticas de "pegar e soltar" que permitem que alguns migrantes permaneçam nos Estados Unidos enquanto seus casos aguardam audiência em um sistema legal entupido.