(Reuters) - O número de mortes resultantes do golpe de 1º de fevereiro em Mianmar passou de mil nesta quarta-feira, de acordo com uma autoridade do grupo ativista Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP), que está registrando as mortes causadas pelas forças de segurança.
Um porta-voz da junta governante não respondeu a uma chamada para pedir comentários. As autoridades militares já disseram que as cifras da AAPP, amplamente citadas por organizações internacionais, são exageradas.
O Exército também diz que dezenas de membros das forças de segurança foram mortos. A AAPP não os inclui em sua conta.
"De acordo com registros da AAPP, 1.001 pessoas inocentes foram mortas", disse o secretário da entidade, Tate Naing, à Reuters. "O número real de vítimas é muito maior."
O país do sudeste asiático está mergulhado no caos desde o golpe. Os protestos continuam diariamente, insurgências aparecem em regiões fronteiriças e greves generalizadas prejudicam seriamente a economia.
O Exército depôs a líder eleita Aung San Suu Kyi, alegando irregularidades em uma eleição vencida por sua Liga Nacional pela Democracia em novembro de 2020. A comissão eleitoral em atividade à época e monitores internacionais disseram que as acusações não procedem.
As autoridades militares dizem que a tomada de poder não deveria ser chamada de golpe porque está de acordo com a Constituição.
(Da redação da Reuters)