MANÁGUA (Reuters) - Pelo menos seis pessoas morreram em protestos violentos na Nicarágua devido a mudanças na seguridade social, informou neste sábado a Cruz Vermelha, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão sobre o governo do presidente Daniel Ortega para conter o derramamento de sangue.
Os nicaraguenses protestam desde quarta-feira contra as mudanças que aumentam as contribuições dos trabalhadores e reduzem as pensões, provocando uma das maiores crises na administração de Ortega, um ex-guerrilheiro marxista.
Lissett Guido, porta-voz da Cruz Vermelha da Nicarágua, afirma que cinco pessoas morreram em Manágua e outra no município de Tipitapa, a nordeste da capital.
"A maioria das mortes foi devido a armas de fogo", disse.
Guido não pôde confirmar os relatos da mídia local de que pelo menos 10 pessoas haviam morrido e disse que quaisquer outras fatalidades devem ter ocorrido em áreas não atendidas pela Cruz Vermelha.
Dezenas de pessoas também foram feridas por gás lacrimogêneo e balas de borracha usados pela polícia para dispersar as manifestações. As ruas de Manágua estavam em grande parte calmas no início da manhã deste sábado.
Antagonista da Guerra Fria dos Estados Unidos, Ortega cumpriu um único mandato como presidente na década de 1980 e ocupa o cargo continuamente desde seu retorno ao poder em 2007.