WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, proibiu permanentemente nesta terça-feira novas perfurações de poços de petróleo e gás em águas federais nos oceanos Atlântico e Ártico, em uma de suas últimas pressões ambientais antes de deixar o cargo no próximo mês.
Na proteção das águas, Obama usou uma lei da década de 1950 chamada "Outer Continental Shelf Act" que permite que presidentes limitem áreas de cessão mineral e perfuração. Grupos ambientais disseram que o uso da lei por Obama significa que a futura gestão do presidente eleito Donald Trump não poderia simplesmente reverter a ação, mas teria de combatê-la nos tribunais.
A proibição afeta águas nacionais perto do Alasca, no mar Chukchi e a maior parte do mar Beaufort, e no Atlântico, desde a Nova Inglaterra até a Baía de Chesapeake.
A medida ocorreu em um anúncio conjunto de Obama e do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau para lançar ações que garantam uma economia e ecossistema árticos fortes, sustentáveis e viáveis.
Obama disse em comunicado nesta terça-feira que as ações conjuntas refletem a avaliação científica de que, mesmo com os padrões de alta segurança que os dois países colocaram em vigor, os riscos de um derramamento de petróleo nesta região são significativos e a habilidade de limpar um derramamento nas condições críticas desta região é limitada.
(Por Valerie Volcovici e Timothy Gardner)