Por George Obulutsa e Andrew Njugna
NAIRÓBI (Reuters) - Observadores internacionais elogiaram nesta quinta-feira a eleição presidencial do Quênia, e a missão da União Europeia disse não ter visto sinais de manipulação, apesar das queixas da oposição e de protestos isolados.
A polícia lançou gás lacrimogêneo ao entrar em confronto com manifestantes da oposição em um bairro de Nairóbi, mas a maior parte da capital e o restante do país estavam calmos mesmo depois de quatro pessoas terem morrido em episódios de violência na quarta-feira.
O presidente Uhuru Kenyatta obteve uma vantagem considerável, mas seu rival, o veterano líder opositor Raila Odinga, rejeitou os resultados eletrônicos parciais, dizendo que as cifras divulgadas até agora são "fictícias" e que os sistemas de computadores da eleição foram invadidos.
Enquanto esperam que os números finais sejam contados e confirmados, muitos quenianos estão temerosos de uma repetição dos confrontos que mataram cerca de 1.200 pessoas após a eleição contestada de 2007.
Em sua primeira avaliação do pleito de terça-feira, a missão de observação eleitoral da UE disse não ter visto indícios de "manipulação centralizada ou localizada" do processo de votação.
Marietje Schaake, chefe da missão, disse que a UE providenciará uma análise do processo de apuração dos votos em um relatório posterior.
Os resultados provisórios divulgados pela comissão eleitoral mostravam Kenyatta na liderança com 54,3 por cento dos votos e Odinga com 44,8 por cento --uma margem de 1,4 milhão de votos com 97 por cento das urnas apuradas.
A comissão eleitoral do Quênia disse que espera ter todos os resultados consolidados até o meio-dia de sexta-feira e que irá anunciar o vencedor pouco depois disso. O organismo confirmou que houve uma tentativa fracassada de invadir seu sistema.