KINSHASA (Reuters) - Um novo caso de febre amarela detectado na capital da República Democrática do Congo foi transmitido por um mosquito local, afirmou nesta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), levantando a possibilidade de um surto mais amplo da doença no país.
O caso, confirmado nesta semana depois de testes pelo Instituto Pasteur, em Dacar, e pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, não foi importado de Angola, país vizinho, como ocorreu com outros casos recentes, disse Eugene Kabambi, porta-voz da OMS.
"Medidas estão sendo tomadas para fortalecer a investigação sobre o caso para evitar o alastramento”, afirmou Kabambi por e-mail. “Atividades de mobilização social e vigilância estão ocorrendo com o apoio da OMS.”
Esse é o segundo caso da doença transmitido dentro do país, depois de um caso em abril, disse a OMS.
Não estava claro quantos mosquitos no Congo podem estar contaminados com a febre amarela ou que efeito isso vai ter no alastramento do vírus que já infectou quase 3.000 pessoas em Angola nos últimos quatro meses, das quais 325 morreram, segundo a OMS.
A febre amarela pode se espalhar rapidamente em áreas densamente povoadas, com consequências devastadoras.
Até agora há 52 casos confirmados em laboratório de febre amarela do Congo, a maioria dos quais vieram de Angola. A doença já se espalhou para o Quênia e para a China, e há um surto não relacionado em Uganda, gerando temores de que a febre transmitida por mosquito chegue nas cidades grandes da Ásia e da África.