GENEBRA (Reuters) - O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde decidiu nesta sexta-feira não recomendar prova de vacinação ou imunidade da Covid-19 como condição para viagens internacionais, citando "incógnitas relevantes" sobre sua eficácia na redução da transmissão e disponibilidade limitada.
O painel de 19 membros de especialistas independentes realizou sua sexta reunião em um ano sob a presidência do especialista francês Didier Houssin, enquanto o número de mortos na pandemia se aproximava de dois milhões.
Os especialistas emitiram uma série de recomendações, que o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aceitou e enviou aos 194 Estados-membros da agência da ONU, segundo um comunicado.
"No momento, não introduza exigências de prova de vacinação ou imunidade para viagens internacionais como condição de entrada, pois ainda existem incógnitas revelantes sobre a eficácia da vacinação na redução da transmissão e disponibilidade limitada de vacinas", disse o painel da OMS.
"A prova de vacinação não deve isentar os viajantes internacionais de cumprir outras medidas de redução de risco em viagem", acrescentou.
O painel apelou aos países para monitorar as variantes do vírus, como as identificadas por Reino Unido e África do Sul, avaliar os efeitos sobre a eficácia das vacinas, medicamentos e testes de diagnóstico.
Solicitou ainda a transferência de tecnologia para países de baixa e média renda com potencial capacidade para acelerar a produção global de vacinas contra Covid-19.
(Reportagem de Emma Farge e Stephanie Nebehay)