Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da ONU adiou para quarta-feira a votação de uma resolução para condenar o massacre de Srebrenica como um genocídio, enquanto Grã-Bretanha e Estados Unidos tentam convencer a Rússia a não vetar o documento, no 20º aniversário da tragédia, disseram diplomatas.
A Rússia considerou a resolução, redigida pelos britânicos, desequilibrada e não quer que o massacre de 8.000 homens e meninos muçulmanos em 1995 seja descrito como genocídio. Em vez disso, propôs condenar "os crimes mais graves que preocupam a comunidade internacional".
A votação pelo conselho de 15 países membros deveria ter ocorrido na manhã desta terça-feira, mas foi adiada até quarta-feira de manhã, já que as negociações sobre o projeto continuam entre Grã-Bretanha, Estados Unidos e Rússia, segundo diplomatas.
Questionado sobre se a Rússia planeja vetar a resolução, o vice-embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov, se recusou a comentar.
Um porta-voz da missão britânica na ONU disse: "Dada a importância do aniversário, estamos empenhados em conseguir o nível mais amplo de apoio dos membros do conselho. Esperamos que este atraso permita que consigamos isso."
Em 11 de julho de 1995, no fim da guerra da Bósnia (1992-95), forças servo-bósnias invadiram o enclave de Srebrenica, considerado pela ONU um "porto seguro". Os militares executaram 8.000 homens e meninos muçulmanos nos dias que se seguiram e enterraram seus corpos em valas comuns.