Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Vinte caminhões não conseguiram transportar ajuda a civis palestinos na Faixa de Gaza sitiada nesta terça-feira, disse a Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou os esforços humanitários para enviar assistência através de uma travessia do Egito como "não suficientemente rápidos".
"Esperamos que os materiais possam entrar em Gaza amanhã", disse a porta-voz de ajuda humanitária da ONU, Eri Kaneko. Ela não disse por que os caminhões foram impossibilitados de cruzar Gaza vindos do Egito nesta terça-feira.
Os EUA estão negociando com Israel, Egito e as Nações Unidas para tentar criar um mecanismo de entrega para levar ajuda para Gaza. As partes estão em disputa sobre os procedimentos de inspeção da ajuda e dos bombardeios no lado da fronteira em que está Gaza.
Questionado por repórteres na Casa Branca nesta terça-feira se a ajuda humanitária estava chegando a Gaza rapidamente como era necessário, Biden disse: "não suficientemente rápido".
Rafah é a principal passagem de entrada e saída de Gaza que não faz fronteira com Israel. O ponto se tornou o foco dos esforços para entregar ajuda desde que Israel impôs um "cerco total" ao enclave em retaliação a um ataque de militantes do Hamas em 7 de outubro.
Desde que as entregas limitadas de ajuda humanitária começaram no sábado, 54 caminhões atravessaram Gaza transportando alimentos, medicamentos e água, o que o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu como "uma gota de ajuda num oceano de necessidade".
Lynn Hastings, autoridade sênior de ajuda humanitária da ONU, havia dito anteriormente ao Conselho de Segurança que 20 caminhões estavam programados para cruzar a fronteira nesta terça-feira.
Nenhum combustível foi entregue. Israel está preocupado com o possível desvio das entregas de combustível por parte do Hamas. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, descreveu nesta terça-feira as preocupações de Israel como legítimas.