CARACAS (Reuters) - A oposição da Venezuela deu início nesta quarta-feira a um esforço para coletar assinaturas que podem levar à convocação de um referendo para depor o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e foram relatados saques e protestos esporádicos contra a crise econômica.
A coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD) reuniu apoiadores em locais públicos de todo o país para começar a recolher o 1 por cento de assinaturas dos eleitores, algo próximo de 200 mil, necessário para desencadear a próxima fase de um processo que pode levar a um referendo revogatório.
Maduro, de 53 anos, que sucedeu seu falecido mentor Hugo Chávez, viu sua popularidade despencar devido à recessão brutal, uma inflação de três dígitos, escassez generalizada de produtos e longas filas nos estabelecimentos comerciais.
Pequenas manifestações anti-Maduro e saques vêm acontecendo em várias cidades nesta semana, alguns causados pelos cortes de energia crescentes devidos à escassez de eletricidade.
Em Maracaibo, segunda maior cidade da Venezuela localizada no Estado de Zulia, pólo petrolífero do oeste da nação, as autoridades relataram pelo menos 30 pequenos protestos na noite de terça-feira, incluindo saques em várias lojas e farmácias e a queima de alguns veículos. Meia dúzia de pessoas foram presas.
"Condenamos totalmente a violência", disse o governador de Zulia, Francisco Arias, pedindo aos pais que controlem os jovens envolvidos nas manifestações.
(Por Corina Pons e Eyanir Chinea)