Por Corina Pons e Brian Ellsworth
CARACAS (Reuters) - Mais de 7 milhões de venezuelanos votaram no domingo em um referendo não oficial realizado pela oposição para pressionar o presidente Nicolás Maduro e repudiar seu plano de reescrever a Constituição do país, informaram monitores.
O plebiscito simbólico teve como objetivo atacar a legitimidade de Maduro em meio a meses de protestos antigoverno que mataram quase 100 pessoas e a uma incapacitante crise econômica que deixou milhões de pessoas passando por dificuldades para comer.
Líderes da oposição chamaram o referendo de sucesso, ao mesmo tempo que lamentaram a morte de uma mulher assassinada por um homem armado em Caracas durante a votação.
"Hoje, 16 de julho, a dignidade ganhou e a tirania perdeu", disse a líder de oposição María Corina Machado. "Nós demos um mandato indiscutível para uma nova Venezuela começando amanhã".
Maduro, de 54 anos, desprezou o referendo de domingo como inconstitucional e está fazendo campanha por uma votação no dia 30 de julho para criar um novo órgão legislativo que teria o poder de reescrever a Constituição e dissolver instituições estatais.