Por Ben Martin
LONDRES (Reuters) - O custo de realização do referendo de 2016 que desencadeou a iminente saída do Reino Unido da União Europeia foi de quase 130 milhões de libras, informou a autoridade eleitoral britânica nesta sexta-feira, no momento em que alguns políticos pedem a realização de uma segunda votação.
Os custos operacionais, incluindo gastos com pessoal, conscientização pública sobre o referendo, operação de zonas eleitorais, administração de votos pelo correio e contagem de votos, chegaram a 129,1 milhões de libras, disse relatório da Comissão Eleitoral do Reino Unido.
O resultado foi de 52 por cento de votos a favor da desfiliação e 48 por cento de votos a favor da permanência na UE e, desde então, o governo britânico tem enfrentado dificuldades em firmar um acordo do Brexit que seja palatável aos parlamentares.
O atual impasse parlamentar sobre o acordo de retirada e o temor crescente de que o Reino Unido possa sair da União Europeia sem um acordo vêm impulsionando clamores cada vez maiores pela realização de um segundo referendo sobre o relacionamento britânico com o bloco.
Entre figuras de destaque que tem pressionado por uma nova consulta está o ex-premiê Tony Blair, que disse nesta sexta-feira que o Reino Unido e a UE deveriam se preparar para um segundo referendo porque o Parlamento provavelmente não aprovará um acordo de separação e o público precisará romper o impasse.