A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) disse na 5ª feira (18.jan.2024) que vai convocar 90.000 soldados para realizar, a partir da próxima semana, seu maior exercício militar desde a Guerra Fria. A medida busca preparar as tropas para enfrentar adversários como a Rússia.
Segundo o comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli, serão simulados cenários “de conflito emergente contra um adversário próximo do mesmo nível”. O exercício, chamado de “Steadfast Defender”, vai durar até maio e terá a participação dos 31 países que integram a Aliança e da Suécia.
Serão usados 50 navios, 80 aeronaves e mais de 1.100 veículos de combate. “Será uma demonstração clara de nossa unidade, força e determinação em nos protegermos mutuamente”, disse Cavoli.
O chefe do comando militar da Otan, almirante Rob Bauer, declarou que os integrantes da Aliança não buscam um conflito. “Mas, se nos atacarem, temos que estar prontos”, afirmou.
Segundo ele, é preciso dissuadir “qualquer ameaça potencial”. Bauer disse que a Otan precisa “de mais resiliência social, mais independência energética e infraestruturas resilientes”.
Citando o conflito na Ucrânia, o militar afirmou que “há intensos combates acontecendo”, mas que, “embora os ataques mais recentes da Rússia sejam devastadores, não são militarmente eficazes”. Bauer declarou: “Vemos sucessos militares substanciais do lado ucraniano (…). A Ucrânia prevaleceu como nação soberana e independente na Europa. Eles estão mais próximos do que nunca da família euro-atlântica”.