Por Adrian Croft
BRUXELAS (Reuters) - A Otan culpou nesta segunda-feira separatistas apoiados pela Rússia pela aguda escalada da violência no leste da Ucrânia e pediu que Moscou pare de desestabilizar a Ucrânia.
O secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, criticou as ações da Rússia e manifestou apoio à independência da Ucrânia após a Otan e embaixadores ucranianos realizarem uma reunião extraordinária em Bruxelas.
Kiev solicitou o encontro em resposta a uma nova ofensiva rebelde no leste da Ucrânia.
"Condenamos a aguda escalada da violência ao longo da linha de cessar-fogo, no leste da Ucrânia, por separatista apoiados pela Rússia", disse Stoltenberg em um coletiva de imprensa após a reunião.
Stoltenberg rechaçou como "absurdas" as alegações do presidente russo, Vladimir Putin, de que uma legião da Otan esteja combatendo ao lado de tropas do governo de Kiev no leste ucraniano.
"Não há legião da Otan. As forças estrangeiras na Ucrânia são as russas", afirmou ele.
Apesar de reiterados compromissos de trabalhar por uma solução pacífica, a Rússia continuou a fornecer apoio, treinamento e soldados aos separatistas, assim como equipamentos sofisticados, incluindo sistemas de foguetes, artilharia pesada, tanques, veículos blindados e sistemas eletrônicos de guerra, disse Stoltenberg.
"Pedimos à Rússia que pare de apoiar os separatistas imediatamente, que pare de desestabilizar a Ucrânia e respeite os compromissos internacionais", declarou Stoltenberg. A Rússia nega que seja a força motriz por trás da rebelião no leste ucraniano.
A Otan deixou claro que não planeja intervir militarmente na Ucrânia, que não é membro da Otan, mas ofereceu cooperar com Kiev, incluindo ajuda para modernizar as Forças Armadas do país.