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Otan ressaltará apoio à Ucrânia em última dia de cúpula em Washington

Publicado 11.07.2024, 08:00
Atualizado 11.07.2024, 08:05
© Reuters. Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em Washingtonn10/07/2024 REUTERS/Nathan Howard

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - Os líderes da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) encerrarão sua cúpula nesta quinta-feira com um foco claro no apoio à Ucrânia e no combate ao que os aliados dizem ser a crescente ameaça que a Rússia representa para a Europa, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfrenta crescentes apelos de membros de seu Partido Democrata para desistir de sua candidatura à reeleição.

Biden, de 81 anos, fará uma rara coletiva de imprensa nesta quinta-feira, onde os repórteres certamente perguntarão sobre sua candidatura na eleição presidencial de 5 de novembro, apesar de sua esperança de fugir do assunto à medida que se reúne com aliados internacionais de longa data.

Os líderes europeus temem que a eleição dos EUA em novembro possa gerar uma mudança brusca no apoio de Washington à Ucrânia e à Otan. O candidato republicano Donald Trump, de 78 anos, tem questionado a quantidade de ajuda dada à Ucrânia para combater a invasão russa e o apoio norte-americano aos aliados.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, também dará uma coletiva de imprensa com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira, depois de se reunir com parlamentares republicanos e democratas no Capitólio dos EUA na quarta-feira.

O líder ucraniano, interessado em consolidar laços com parlamentares norte-americanos de ambos os lados do espectro político, reuniu-se com os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados e com membros de comitês envolvidos em defesa, gastos, diplomacia e segurança nacional.

Ele disse aos repórteres que convidou Mike Johnson, o líder republicano da Câmara dos Deputados, para visitar Kiev.

Em um claro aviso ao presidente russo Vladimir Putin, os EUA disseram na quarta-feira que começarão a instalar mísseis de longo alcance na Alemanha em 2026, as armas norte-americanas mais potentes a serem instaladas no continente europeu desde a Guerra Fria.

Uma declaração da Otan também disse que os aliados fornecerão pelo menos 40 bilhões de euros em ajuda militar no próximo ano, embora não tenham chegado ao compromisso plurianual que Stoltenberg havia solicitado. Os membros também se comprometeram a continuar apoiando a Ucrânia "em seu caminho irreversível para a plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan".

Biden tem argumentado que a Otan está "mais forte do que nunca" e que a Ucrânia pode e vai deter Putin "com nosso apoio total e coletivo".

O presidente dos EUA organizou um jantar para os aliados da Otan na Casa Branca na quarta-feira, ressaltando o papel da aliança em garantir "liberdade, segurança e democracia" para todos os seus cidadãos.

© Reuters. Presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em Washington
10/07/2024 REUTERS/Nathan Howard

Enquanto Biden tem procurado unificar aliados e eleitores democratas, várias autoridades europeias se reuniram com um importante assessor de política externa de Trump durante a cúpula.

Na quarta-feira, Trump disse à Fox News Radio que não tirará os EUA da Otan, mas reiterou que deseja que os membros paguem mais pela defesa da aliança. "Eu só quero que eles paguem suas contas. Estamos protegendo a Europa. Eles se aproveitam de nós", disse ele.

Zelenskiy pediu aos líderes políticos dos EUA, em um discurso na terça-feira, que não esperem pelo resultado da eleição antes de agir com força para ajudar a Ucrânia e pediu menos restrições ao uso de armamentos norte-americanos.

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