Por Gabriela Baczynska e Stephen Jewkes
BRUXELAS/MILÃO (Reuters) - Seis países da União Europeia concordaram em acolher os 356 imigrantes à deriva há uma quinzena no navio de resgate Ocean Viking, encerrando o impasse mais recente do bloco a respeito da imigração no Mar Mediterrâneo.
Os imigrantes a bordo do navio, que é operado por instituições de caridade da França, serão levados a Malta e depois recebidos por França, Alemanha, Romênia, Luxemburgo, Portugal e Irlanda, disseram o comissário de migração da UE e o primeiro-ministro maltês.
"É bem-vindo que uma solução para as pessoas a bordo do Ocean Viking tenha sido encontrada e que todos serão realocados", disse o comissário, Dimitris Avramopoulos.
O drama do Ocean Viking, operado pelas francesas Médicos Sem Fronteiras e SOS Méditerranée, expôs o fracasso da Europa em elaborar uma diretriz coerente para lidar com a migração africana via Líbia.
Os Estados da UE têm se desentendido quanto à maneira de lidar com os refugiados e imigrantes que aportam em suas praias desde o pico de recém-chegados do Mediterrâneo em fuga de conflitos e da pobreza no Oriente Médio e na África em 2015.
Como as ex-nações comunistas do Leste estão se recusando a receber recém-chegados, o bloco vem restringindo cada vez mais suas fronteiras e leis de asilo, rejeitando pessoas ou pagando países como a Turquia para impedi-los de alcançar a Europa.