JERUSALÉM (Reuters) - Forças de segurança israelenses mataram a tiros um palestino que correu em sua direção com uma faca na Cisjordânia neste sábado, disse a polícia, em meio a uma onda de violência que já dura um mês e não dá mostras de arrefecimento.
Uma porta-voz da polícia israelense disse que em um posto de controle no norte da Cisjordânia um palestino segurando uma faca correu em direção a um oficial de segurança, que pediu que ele parasse.
"Quando ele não atendeu ao pedido o oficial atirou em sua direção a fim de neutralizá-lo e, como resultado, o terrorista foi morto", disse a porta-voz Luba Samri. Autoridades médicas palestinas disseram que ele tinha 18 anos de idade.
O aumento da violência neste mês, a maior desde a guerra em Gaza em 2014, se deu, em parte, por conta das tensões religiosas e políticas envolvendo a mesquita al-Aqsa na Cidade Velha de Jerusalém, que é sagrada para muçulmanos e judeus.
Um número crescente de visitas por judeus à praça al-Aqsa - o local mais sagrado do Islã fora da Arábia Saudita e reverenciado no judaísmo como o local de dois templos bíblicos destruídos - levantou questionamentos palestinos de que Israel estaria violando um "status quo" sob o qual a oração não-muçulmana é banida no local.
Israel diz que tais alegações são falsas e que sua veiculação por autoridades palestinas e divulgação em mídias sociais árabes tem incitado a violência.
Desde o início da última agitação em 1o de outubro, pelo menos 65 palestinos foram mortos a tiros por israelenses. Do total, 38 estavam armados, principalmente com facas, disse Israel, enquanto outros foram alvejados durante violentos protestos anti-Israel. Muitos eram adolescentes.
Onze israelenses foram mortos em tiroteios e esfaqueamentos.
(Por Ali Sawafta e Maayan Lubell)