Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O monsenhor italiano Dario Vigano, diretor do departamento de comunicação do Vaticano implicado no chamado escândalo "Lettergate", renunciou, informou o Vaticano nesta quarta-feira.
Um comunicado breve do Vaticano disse que o papa Francisco "aceitou" a renúncia de Vigano, mas uma fonte do Vaticano disse que o prelado foi instruído a apresentá-la, o que significa que foi demitido.
Vigano, de 55 anos, cujo título formal era Diretor do Secretariado de Comunicação, se tornou alvo de críticas intensas por borrar parte de uma foto de uma carta do ex-papa Bento 16 e citá-la seletivamente durante uma semana antes de divulgar a íntegra de seu texto no sábado.
O episódio lançou suspeitas sobre o Vaticano e foi um fiasco de relações públicas, especialmente porque no início deste ano o papa escreveu um documento alertando para os perigos das notícias falsas.
A carta deveria ter continuado confidencial, mas no dia 12 de março Vigano leu passagens selecionadas dela na apresentação de uma série de 11 livretos a respeito da teologia do papa Francisco publicados pelo Vaticano.