RABAT (Reuters) - O papa Francisco e o rei do Marrocos, Mohammed VI, defenderam, neste sábado, a proteção do caráter multirreligioso de Jerusalém, afirmando que os locais sagrados da cidade precisam ser acessíveis a fiéis de todas as crenças.
Em um apelo conjunto assinado no primeiro dia da visita de Francisco a Rabat, o papa e o monarca disseram que estão “profundamente preocupados pela sua representatividade espiritual e vocação especial como uma cidade da paz”.
Desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a decisão de Washington de transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém, em 2017, o papa, outros líderes cristãos e chefes de Estado muçulmanos passaram a demonstrar mais preocupações com a cidade.
“Consideramos importante preservar a Cidade Sagrada de Jerusalém/Al-Qods Acharif como patrimônio comum da humanidade e, especialmente para os seguidores das três religiões monoteístas, como um local de encontro e um símbolo de coexistência pacífica, onde o respeito mútuo e o diálogo possam ser cultivados”, afirmaram, em um comunicado conjunto, usando o nome árabe de Jerusalém.
O comunicado pediu “total liberdade de acesso” para judeus, muçulmanos e cristãos e uma garantia pelo direito de praticar a fé no local.
(Camila Moreira)