Por Cassandra Garrison
(Reuters) - O papa Francisco se encontrou em Roma nesta sexta-feira com um bispo chileno e uma defensora de vítimas para discutir o escândalo de abusos sexuais na Igreja no Chile e medidas sendo tomadas para impedi-los no futuro.
O bispo Juan Ignácio González, de San Bernardo, e Ana Maria Celis Brunet, presidente do Conselho Nacional Chileno para Prevenção de Abusos e Acompanhamento de Vítimas, se encontraram com o papa no Vaticano, informou em comunicado.
O escândalo abalou a Igreja no Chile. Em junho, os 34 bispos do país foram convocados a Roma pelo papa após investigadores do Vaticano produzirem um relatório de 2.300 páginas alegando que autoridades seniores da Igreja no Chile haviam fracassado em agir sobre acusações de abusos e em alguns casos as esconderam.
O papa Francisco aceitou renúncias de cinco destes bispos.
O Vaticano informou que o papa tem monitorado de perto ações sendo tomadas pela Igreja no Chile para responder à crise.
O procurador chileno Emiliano Arias disse na quinta-feira que o escritório do bispo Santiago Silva, que serve como bispo às Forças Armadas, havia sido alvo de buscas como parte de investigações sobre acusações de que autoridades seniores da Igreja Católica Romana acobertaram acusações de abusos sexuais cometidos por clérigos no Chile.
A busca foi uma de oito em escritórios de figuras seniores da Igreja, conforme procuradores buscam provas de abusos sexuais cometidos por clérigos e não relatados à polícia civil, e evidências de acobertamentos, de acordo com Arias.