Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco, que prometeu visitar o Líbano se políticos rebeldes concordarem com um novo governo, disse neste domingo que se reunirá com seus líderes cristãos para discutir a pior crise do país desde a guerra civil que terminou em 1990.
Ele disse aos peregrinos e turistas presentes na Praça de São Pedro por sua bênção semanal que o encontro no Vaticano na terça-feira seria um "dia de reflexão sobre a situação preocupante do país".
O Líbano ainda está se recuperando de uma enorme explosão química no porto de Beirute no ano passado, que matou 200 pessoas e causou bilhões de dólares em danos, enfraquecendo ainda mais uma economia já em dificuldade.
O primeiro-ministro indicado, Saad al-Hariri, tem estado em desavença por meses com o presidente do país, Michel Aoun, sobre posições de gabinete.
As três principais denominações cristãs do Líbano são católicos maronitas, ortodoxos orientais e católicos melchitas. Existem várias outras denominações protestantes, ortodoxas e católicas menores.
O Vaticano não disse quem estaria representado na reunião do Vaticano.
Hariri, três vezes primeiro-ministro, renunciou em 2019 depois de protestos em todo o país contra uma elite política que manifestantes acusam de empurrar o país para a crise.
Ele foi nomeado primeiro-ministro novamente em outubro, mas não conseguiu formar um novo governo.
Hariri disse depois de se encontrar com o papa no Vaticano em abril que o pontífice lhe disse que visitaria o país, mas somente depois que um governo fosse formado.
Tradicionalmente, os convites para o papa visitar um país são feitos por líderes civis e religiosos.
Francisco exortou a comunidade internacional a ajudar o Líbano a se reerguer.
Ele disse neste domingo que a reunião com os líderes cristãos do Líbano seria uma oportunidade para "orar juntos pelo presente da paz e estabilidade".
(Reportagem adicional de Valentina Za)