Por Mubasher Bukhari
LAHORE, Paquistão (Reuters) - Autoridades paquistanesas estavam em busca nesta segunda-feira de membros de uma facção do Taliban que declarou lealdade ao Estado Islâmico, após o grupo reivindicar responsabilidade por um ataque suicida contra cristãos que deixou ao menos 70 mortos.
A brutalidade do ataque de domingo da facção Jamaat-ur-Ahrar, no quinto atentado a bomba do grupo desde dezembro, reflete as tentativas do movimento de aumentar sua importância entre os divididos militantes islâmicos do Paquistão.
Ao menos 29 crianças que aproveitavam o feriado da Páscoa foram mortas quando um homem-bomba se explodiu em um parque movimentado na cidade de Lahore, base de poder do premiê Nawaz Sharif. O Paquistão é um país de maioria muçulmana, mas tem uma população cristão de mais de 2 milhões de pessoas.
O ataque foi o mais mortal no Paquistão desde o massacre de 134 crianças em dezembro de 2014 em uma academia militar na cidade de Peshawar, que gerou uma grande repressão do governo à militância islâmica.
O porta-voz do Exército general Asim Bajwa disse que agências de inteligência, o Exército e forças paramilitares iniciaram diversas operações na área de Punjab após o ataque atrás dos responsáveis pelo atentado.