Por Jibran Ahmad e Saud Mahsud
PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - O homem-bomba que matou mais de 100 pessoas em uma mesquita em um complexo policial na cidade paquistanesa de Peshawar nesta semana vestia um uniforme da polícia e entrou na área de alta segurança em uma motocicleta, disse o chefe da polícia provincial nesta quinta-feira.
O homem-bomba por trás do ataque de segunda-feira foi identificado como membro de uma rede militante, afirmou Moazzam Jah Ansari, chefe de polícia da província de Khyber Pashtunkhwa, a repórteres, sem dar mais detalhes.
"Admito que foi um lapso de segurança. Meus homens não conseguiram impedir. A culpa é minha", disse Ansari.
O atentado foi o mais letal em uma década a atingir Peshawar, uma cidade do noroeste que tem sofrido com décadas de violência militante islâmica e está localizada perto das turbulentas terras tribais pashtuns na fronteira com o Afeganistão.
O ataque aconteceu quando centenas de fiéis se reuniam para as orações do meio-dia em uma mesquita construída especificamente para a polícia e suas famílias dentro do distrito de alta segurança Police Lines.
Ansari disse que as imagens do CCTV mostraram o homem-bomba, usando um capacete e uma máscara, dirigindo sua motocicleta pelo posto de controle principal do Police Lines. Ele então estacionou, perguntou como chegar à mesquita e caminhou até lá, acrescentou Ansari.
"Os guardas da polícia na entrada principal pensaram que ele era um membro da força; eles não checaram", declarou Ansari.
Todos os mortos, exceto três, eram policiais, tornando-se o pior ataque contra as forças de segurança do Paquistão na história recente.