Por Kay Johnson e Asad Hashim
RAWALPINDI, Paquistão (Reuters) - O Exército do Paquistão informou nesta quinta-feira que impediu tentativas de expansão do Estado Islâmico na região, prendendo mais de 300 pessoas, incluindo sírios que estavam envolvidos em esquemas de ataques ao governo e alvos civis e diplomáticos.
Os comentários feitos por uma autoridade paquistanesa de alto escalão fazem parte de raro reconhecimento de que o Estado Islâmico, em maioria sediado na Síria e Iraque, teve qualquer presença ativa em um país que é lar de grupos militantes que incluem o Taliban afegão e paquistanês, Al Qaeda e a rede Haqqani.
O tenente-general Asim Bajwa, maior porta-voz do Exército, também rejeitou reclamações norte-americanas de que o país não está agindo contra a rede Haqqani, suspeita de realizar ataques a bomba em Cabul, dizendo que está realizando uma "operação indiscriminada" contra todos os militantes.
Até o momento, autoridades paquistaneses já prenderam 309 pessoas associadas ao Estado Islâmico em território nacional, disse.
A maior parte dos presos pelo Paquistão eram jihadistas paquistaneses que juraram lealdade ao Estado Islâmico, mas cerca de 25 deles eram estrangeiros, incluindo afegãos e sírios, disse.
Ele disse que militantes do grupo ainda estão presentes nas províncias afegãs de Nangarhar, Khost e Kunar, que ficam na fronteira com o Paquistão.
O líder do movimento para o Afeganistão e Paquistão, Hafiz Saeed Khan, foi morto no mês passado por um ataque a drone norte-americano no leste do Afeganistão.