Por Benjamin Mallet
PARIS (Reuters) - A França vai proteger o sistema de abastecimento de água de um eventual ataque durante a cúpula global do clima que começa em 30 de novembro em Paris, com a presença esperada de 45 mil pessoas, incluindo 138 chefes de Estado, apenas duas semanas após os ataques de militantes islâmicos à capital francesa.
"Um terrorista poderia muito bem tirar vantagem desse encontro para atacar", disse Jean-Louis Fiamenghi, chefe de segurança da companhia francesa de água e esgoto Veolia.
A empresa e especialistas em combate ao terrorismo já tinham preparado planos para o evento há algum tempo, mas os ataques de 13 de novembro que mataram 130 pessoas, reivindicado pelo Estado Islâmico, colocaram as forças de segurança em alerta máximo.
Líderes mundiais vão discutir em Paris planos para evitar um aumento das temperaturas globais superior a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
A Veolia instalou sensores na rede de água que monitora pressão, nível de cloro, temperatura e parâmetros de condutividade, que podem sinalizar se houver alguma contaminação no fornecimento de água.
Na semana passada, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, alertou sobre o risco de ataques químicos ou biológicos, como o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995.