Por Chang-Ran Kim e Takashi Umekawa
TÓQUIO (Reuters) - Autoridades japonesas prenderam nesta quarta-feira o legislador do partido governista Tsukasa Akimoto, suspeito de aceitar propina de uma empresa interessada em montar um cassino no Japão, disseram promotores de Tóquio.
Horas depois, uma operação de busca e apreensão foi realizada no escritório de um segundo congressista do Partido Democrático Liberal, como parte da mesma investigação, disseram a agência de notícias Kyodo e outro veículo de comunicação.
A prisão de um membro do partido do primeiro-ministro, Shinzo Abe, pode aumentar a oposição pública aos cassinos, que têm sido considerados muito impopulares, apesar da pressão do governo de abri-los no começo de 2020.
Vice-ministro de no Escritório do Gabinete até outubro do ano passado, Akimoto comandava as políticas públicas para cassinos. Ele é suspeito de ter recebido 3 milhões de ienes (27.500 dólares) em dinheiro e um feriado em família no valor estimado de 6.500 dólares de três suspeitos, apesar de saber que a empresa deles queria ajuda na montagem de um cassino, de acordo com os promotores.
Os três também foram presos, suspeitos de pagar propina. Ninguém estava imediatamente disponível para comentar no gabinete de Akimoto, que foi vasculhado por autoridades na semana passada. O congressista nega ter feito algo ilegal.
“Eu absolutamente não participei de nada errado”, disse Akimoto em sua conta no Twitter na manhã desta quarta-feira, depois de a imprensa ter informado que ele deve ser interrogado. “Vou continuar enfatizando isso.”
Horas depois, promotores realizaram busca e apreensão no gabinete do parlamentar Takaki Shirasuka, em Chiba, a leste da capital, em relação ao mesmo processo de Akimoto, disseram a Kyodo e a emissora estatal NHK.
Os promotores não responderam a um pedido para comentar o caso. Autoridades do gabinete de Shirasuka não foram encontradas.
(Reportagem de Takashi Umekawa e Chang-Ran Kim; reportagem adicional de Junko Fujita e William Mallard em Tóquio, e redação de Pequim)