BERLIM (Reuters) - O presidente do Parlamento da Alemanha repudiou as ameaças feitas aos legisladores da Casa partindo da Turquia depois que o Bundestag aprovou, na semana passada, uma resolução declarando que o massacre de armênios cometido por forças otomanas em 1915 foi um genocídio.
Ancara rejeita a noção de que o assassinato de armênios cristãos durante a Primeira Guerra Mundial seja equivalente a genocídio. Após a resolução surgiram ameaças de morte e ataques verbais contra políticos alemães com raízes turcas.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que os parlamentares da Alemanha de origem turca que votaram a favor da resolução têm sangue impuro e que seu sangue deve ser examinado em um laboratório.
"Toda pessoa que tenta pressionar qualquer legislador em particular com ameaças deve saber que está atacando o Parlamento inteiro", afirmou Norbert Lammert ao som de aplausos quando inaugurou a sessão parlamentar desta quinta-feira.
Erdogan é um aliado crucial para a chanceler alemã, Angela Merkel, lidar com a crise imigratória na Europa, já que aceitou receber de volta imigrantes que partem de seu território rumo à Grécia. Nesta quinta-feira o ministro da Economia turco disse que a resolução ameaça a amizade entre os dois países, mas não chegou a detalhar medidas retaliatórias específicas.
(Por Caroline Copley)