MOSCOU (Reuters) - O Parlamento russo garantiu por unanimidade ao presidente Vladimir Putin, nesta quarta-feira, o direito de enviar as Forças Armadas do país à Síria, o que será limitado à Força Aérea, segundo uma autoridade do Kremlin.
A Rússia tem aumentado sua presença militar na Síria, onde apoia as forças do governo do presidente Bashar Al-Assad em um conflito que coloca o país contra os militantes do Estado Islâmico e rebeldes apoiados pelo Ocidente.
Sergei Ivanov, chefe de gabinete do Kremlin, disse após a votação no Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento russo: "O presidente sírio pediu à liderança do nosso país por assistência militar".
Mas ele disse que a votação não significa que as forças russas irão participar do conflito e que a ação se refere somente ao uso da Força Aérea.
"Se haverá uma aliança unida, o que duvido, ou no final duas alianças - uma norte-americana e uma russa - eles terão que coordenar suas ações", disse Ivan Konovalov, especialista militar, à Reuters.
"Para Forças russas operarem lá de forma legítima... uma lei é necessária", acrescentou.
(Reportagem de Lidia Kelly, Gabriela Baczynska e Alexander Winning)