Por Andrei Khalip
MADRI (Reuters) - Os socialistas espanhóis disseram, nesta sexta-feira, que continuarão trabalhando com todas as partes para evitar outra eleição, mas não estavam mais dispostos a oferecer um governo de coalizão ao Podemos, de extrema-esquerda, que bloqueou sua tentativa de serem confirmado no poder.
Em uma eleição parlamentar três meses atrás, os socialistas de Pedro Sánchez receberam a maioria dos votos, mas não conseguiram garantir a maioria absoluta, deixando a Espanha em um limbo político, e os eleitores, irritados com a falta de habilidade dos partidos de chegar a um acordo.
Sánchez está servindo como primeiro-ministro interino enquanto isso. Nesta semana, ele perdeu duas votações, depois de não conseguir chegar a um acordo para uma coalizão de governo com o Podemos.
“Tentamos formar uma coalizão de governo, e o Podemos a bloqueou. Não há caminho nessa direção... Outras fórmulas podem ser exploradas, mas não a coalizão”, disse a vice-primeira-ministra socialista, Carmen Calvo, em uma entrevista coletiva.
“Deve haver muita frustração no país por não haver um governo”, disse Calvo.
Em teoria, Sánchez tem até meados de setembro para ser confirmado como premiê ou apresentar outro candidato. Se isso não der certo, uma nova eleição seria convocada para 10 de novembro.
Eleitores dizem que não desejam voltar às urnas e querem que os políticos resolvam a situação.