WASHINGTON (Reuters) - Um recruta transgênero assinou um contrato para se juntar ao Exército dos Estados Unidos pela primeira vez desde que um tribunal federal decidiu no final do ano passado que o Exército teria que aceitar pessoas abertamente transgênero, informou o Pentágono nesta segunda-feira.
Autoridades militares não sabem quantas pessoas transgênero começaram a se alistar desde 1º de janeiro, quando o Departamento de Defesa começou a aceitar recrutas abertamente transgênero, mas esta é a primeira vez que uma assinou oficialmente um contrato para se juntar ao Exército.
“O Pentágono confirma que a partir de 23 de fevereiro de 2018 há um indivíduo transgênero sob contrato para serviço no Exército dos Estados Unidos”, disse o major David Eastburn, porta-voz do Pentágono. A pessoa assinou um contrato, mas ainda não iniciou treinamentos básicos.
Em uma ação voltada para seus apoiadores conservadores linhas-duras, o presidente Donald Trump anunciou em julho que iria proibir pessoas transgênero de servirem no Exército, revertendo a política do ex-presidente Barack Obama de aceita-las. Trump disse no Twitter na época que o Exército “não pode ser sobrecarregado com os tremendos custos médicos e interrupção que transgênero no Exército iriam implicar”.
Diversos juízes federais – em Baltimore, Washington, Seattle e Riverside, na Califórnia – emitiram decisões bloqueando a proibição de Trump. Os juízes disseram que a proibição possivelmente violaria o direito sob a Constituição dos EUA para proteção igual sob a lei.
No final do ano passado, pessoas transgênero tiveram permissão pela primeira vez a se alistar no Exército dos EUA, após o governo Trump decidir não recorrer as decisões.
(Reportagem de Idrees Ali)