BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente libertário da Argentina, Javier Milei, recuperou em outubro os seus altos níveis de popularidade, estancando a queda registrada nos últimos dois meses, de acordo com pesquisas de opinião divulgadas nesta segunda-feira.
Em meio ao forte reajuste do gasto público e uma reorganização das contas do país, a queda na inflação e os sinais tímidos de recuperação em alguns setores da economia jogaram a favor da melhora da imagem presidencial, ainda que em meio a protestos gigantescos de universitários e aposentados.
Levantamento da Universidade Torcuato Di Tella mostrou que a taxa de aprovação de Milei foi de 2,43 pontos em outubro, alta de 12,2% ante a setembro.
"Com 2,43, o índice chega perto da média de confiança da era Milei, de 2,50 pontos durante os 11 meses de gestão", indicou a pesquisa com 1.000 pessoas em 41 localidades em todo o país entre os dias 2 e 15 de outubro, com margem de erro de +-0,062.
O governo do economista ultraliberal consegue manter um número importante de pessoas vendo com bons olhos a sua gestão apesar da recessão e do aumento da pobreza que afeta 52,9% dos argentinos.
Outro levantamento, da consultora Aresco, mostrou também que foi interrompida a tendência de baixa e que para 53,7% dos entrevistados o presidente tinha uma imagem positiva com a melhora no panorama econômico, ante a 46,3% com uma imagem negativa.
(Reportagem de Walter Bianchi e Lucila Sigal)