Por Adrian Croft
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão da União Europeia vai propor esta semana uma redistribuição de migrantes de forma mais uniforme entre os países do bloco, o que encontra resistência de algumas nações, para aliviar a carga sobre a Itália e outros membros que enfrentam um afluxo.
A Comissão está pronta para apresentar na quarta-feira a sua tão esperada Agenda Europeia para Migração, que vai pedir uma revisão das políticas da UE.
A Itália e outros países do sul da UE estão pedindo a ajuda da comunidade para lidar com milhares de migrantes que chegam à Europa por barco vindos da Líbia. A pressão por medidas foi intensificada no mês passado quando cerca de 800 migrantes foram vítimas de afogamento em um naufrágio no Mediterrâneo. As propostas precisam de aprovação de todos os 28 governos da UE.
O plano vai propor um sistema de cotas em que os refugiados seriam distribuídos quando o bloco enfrentar um grande afluxo de requerentes de asilo.
"Vou argumentar ... pela introdução de um sistema de cotas... Em 13 de maio, vamos propor um sistema de realocação em toda a União Europeia. A solidariedade deve ser compartilhada", disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em abril.
A Comissão irá também propor que a UE concorde em reassentar mais dos milhões de refugiados da guerra síria que vivem nos países vizinhos. Também serão pedidas mais oportunidades para entrada legal de migrantes altamente qualificados na União Européia, disse uma autoridade.
A Itália, a Alemanha e a Áustria apoiam um sistema de quotas. Mas, com os partidos anti-imigração em ascensão, uma série de governos da UE se opõem à proposta.