Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Prestes a deixar o cargo, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse nesta terça-feira que um plano norte-americano para mediar a paz entre Israel e os palestinos "traz novos elementos ao debate, aproveitando o novo mundo de tecnologia em que vivemos".
Mas ela não deu nenhum detalhe do que exatamente está no plano longamente aguardado e ainda não publicado, que vem sendo preparado por Jared Kushner, genro do presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Oriente Médio.
"Ele é muito mais longo. Ele contém detalhes muito mais cuidadosos", disse Nikki ao conselho do plano, que disse ter lido. "Ele reconhece que as realidade locais do Oriente Médio mudaram de maneiras poderosas e importantes".
Os palestinos estão céticos e acusaram o governo Trump de tomar o partido de Israel nas questões centrais do conflito de décadas. Eles vêm se recusando a participar do esforço norte-americano desde dezembro de 2017, quando Trump reconheceu Jerusalém como a capital israelense e transferiu para lá a embaixada dos EUA.
"Os palestinos têm tudo a ganhar se engajando em negociações de paz", afirmou Nikki. "Este plano será diferente de todos os anteriores. A questão crítica é se a reação a ele será diferente".
Ela também acusou países árabes de não fazerem do povo palestino uma prioridade, "porque se fosse, todos vocês estariam em uma sala ajudando a trazer os dois lados à mesa".
A embaixadora britânica na ONU, Karen Pierce, saudou os comentários da colega dos EUA por vê-los como uma confirmação de que um plano de paz está pronto.