Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - Quatorze milhões de norte-americanos perderiam o seguro saúde até o próximo ano sob um plano republicano para desmantelar o Obamacare, que também reduziria o déficit orçamentário, informou nesta segunda-feira o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês).
O relatório do CBO, que representa um potencial revés à primeira grande iniciativa legislativa do presidente Donald Trump, prevê que mais 24 milhões de pessoas ficariam sem seguro em 2026 se o plano analisado na Câmara dos Deputados fosse adotado. O Obamacare expandiu o seguro para cerca de 20 milhões de norte-americanos.
O relatório poderia influenciar o sentimento sobre o projeto já sob críticas dos democratas e de alguns republicanos, que prometeram por muito tempo revogar o ato de 2010 do ex-presidente Barack Obama.
O CBO projetou que 52 milhões de pessoas ficariam sem seguro até 2026 se o projeto virar lei, em comparação com 28 milhões que não teriam cobertura no mesmo ano, caso a lei permaneça inalterada.
Dois comitês da Câmara dos Deputados aprovaram a legislação para desmantelar o Obamacare que foi revelada por líderes republicanos há uma semana, mas enfrenta oposição de não só democratas, mas também de médicos, hospitais e muitos conservadores.
O CBO, entretanto, disse que os déficits federais cairiam em 337 bilhões de dólares entre 2017 e 2026 sob o projeto republicano.
O governo Trump defendeu o plano de saúde, que, segundo eles, terá uma segunda e terceira fases que vão atrair os consumidores.
"Nós não vamos ter um modelo único para todos", disse Trump em uma reunião na Casa Branca com um grupo de pessoas insatisfeitas com o Obamacare, acrescentando que vai levar um ano ou dois para a queda dos preços dos planos de saúde.