MANÁGUA (Reuters) - A polícia da Nicarágua deteve nesta terça-feira o pré-candidato à Presidência do país Félix Maradiaga, que se converteu no terceiro possível rival do atual presidente, Daniel Ortega, nas eleições marcadas para novembro a ser preso nos últimos dias.
Maradiaga, que encabeça uma coalizão de forças de oposição ao governo de Ortega, está sendo investigado por "incitar a interferência estrangeira em assuntos internos e por pedir intervenções militares", disse a polícia em nota.
Ele também é acusado de "se organizar com financiamento de potências estrangeiras para executar atos de terrorismo e desestabilização", acrescenta o comunicado.
O político, um acadêmico e empresário de 44 anos, é o terceiro nas pesquisas para enfrentar Ortega, de 75 anos, que buscará seu quarto mandato consecutivo à frente do governo do país centro-americano nas eleições presidenciais de novembro.
Maradiaga foi notificado mais cedo na terça-feira em uma audiência com a Procuradoria Geral do país de que estava sendo investigado. Minutos depois do término da reunião, ele foi detido.
"Vou seguir competindo pela candidatura presidencial", disse Maradiaga ao sair da Procuradoria pouco antes de ser detido.
A prisão de Maradiaga segue à de Cristiana Chamorro, líder nas pesquisas de intenção de voto para enfrentar o atual presidente. Chamorro foi presa na semana passada acusada de lavagem de dinheiro, e foi colocada em prisão domiciliar.
Três dias depois da detenção de Chamorro, foi preso Arturo Cruz, outro pré-candidato de oposição ao atual governo e ex-aliado de Ortega, logo depois de chegar a Manágua vindo de Washington.
(Reportagem de Ismael López)