LISBOA (Reuters) - A polícia portuguesa retirou ativistas do Greenpeace do local em Lisboa onde acontece a Conferência dos Oceanos da ONU nesta quinta-feira, enquanto eles tentavam realizar um protesto em apoio a ações mais fortes para salvar os mares e a vida marinha do planeta.
Cerca de 7 mil delegados estavam na conferência, entre eles chefes de Estado, cientistas e representantes de ONGs para avaliar o progresso na implementação de diretrizes da Organização das Nações Unidas para proteger a vida marinha. O presidente da França, Emmanuel Macron, compareceu ao evento nesta quinta.
Dez ativistas do Greenpeace de países diferentes tentavam colocar grandes adesivos com mensagens como "morto por inação política" e "Protejam os oceanos", em placas do lado de fora do local onde acontece o evento, mas policiais impediram as ações e os retiraram de lá.
"É chocante que, enquanto ativistas estão tentando protestar de maneira pacífica no local onde acontece a conferência, saqueadores reais, destruidores dos oceanos, estão lá fora esgotando os oceanos enquanto falamos aqui", disse Laura Meller, do Greenpeace.
Enquanto ativistas eram impedidos de continuar com a manifestação, ouviram de um policial: "É uma luta justa, mas não aqui, ok?"
Meller e outros ativistas exigem que os países-membros da ONU cheguem a um acordo sobre um esperado tratado para proteger os mares abertos de exploração prejudicial ao ambiente e que acontece além das jurisdições nacionais.
Lisboa é a última grande reunião política antes das negociações finais do tratado em agosto. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na segunda-feira que o "egoísmo" de alguns países está dificultando as iniciativas para selar o acordo.
(Reportagem de Catarina Demony, Miguel Pereira e Pedro Nunes em Lisboa)