Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - Candidatos de oposição na Colômbia venceram amplamente eleições para prefeitos, governadores e parlamentares regionais no domingo, causando uma derrota para a coalizão do presidente Gustavo Petro em pleitos que os analistas consideraram um referendo sobre seu governo.
Petro, um economista de 63 anos que foi eleito em agosto de 2022 como o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, tem baixos índices de pesquisa, e espera-se que o resultado de domingo influencie a eleição presidencial de 2026.
Petro não pode tentar a reeleição.
Na capital Bogotá, o candidato da coalizão governista, Gustavo Bolívar, ficou em terceiro lugar para prefeito, um dos principais cargos do país depois da Presidência.
Ao aceitar a derrota, Bolívar chamou o resultado de "voto de punição" pela decepção com o governo de Petro.
O analista político Sergio Guzman, diretor da Colombia Risk Analysis, disse que a derrota de Bolívar envia "uma mensagem muito forte", apesar da insistência do governo de Petro de que a votação não é um reflexo do presidente.
Carlos Fernando Galán, do partido Novo Liberalismo, venceu a eleição para prefeito de Bogotá com quase metade dos votos.
Petro parabenizou os candidatos vencedores e disse que planeja trabalhar em conjunto.
"Trabalharemos para articular suas propostas de campanha para que possamos construir juntos um país que combata a corrupção, a injustiça e enfrente a crise das mudanças climáticas", disse ele em um discurso televisionado.
"É nosso dever como governantes respeitar a voz do povo."
A maioria dos candidatos é apoiada por coalizões que envolvem vários partidos ou por assinaturas de cidadãos que lhes permitem concorrer como independentes.
Os eleitores das outras duas maiores cidades da Colômbia, Medellín e Cali, elegeram como prefeito políticos que são fortes críticos de Petro.