JACARTA (Reuters) - A polícia antiterrorismo da Indonésia declarou neste domingo ter detido militantes islâmicos suspeitos na ilha de Java, frustrando planos separados de bombardear comunidades da minoria xiita e as celebrações de Natal e Ano Novo.
Materiais para fazer bombas e "manuais jihadistas" foram apreendidos após a prisão de seis homens no centro e no oeste de Java, suspeitos de participar do grupo militante sunita Estado Islâmico, segundo o site do Jakarta Globe.
Produtos químicos e armas foram encontrados enterrados debaixo de uma árvore no local da incursão, na cidade de Solo.
O chefe-geral da Polícia Nacional, Badrodin Haiti, disse ao Boston Globe que a operação, que teve início na sexta-feira e resultou na prisão dos suspeitos, foi realizada a pedido do Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos e da Polícia Federal da Austrália.
Segundo o The Globe, o plano era atacar comunidades xiitas de Java e da vizinha Sumatra, que representam uma pequena minoria na Indonésia.
A Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo, e a maioria pratica uma forma mais moderada da religião.
Separadamente, a polícia disse que quatro homens suspeitos de serem especialistas em armas e estrategistas do grupo Jamaah Islamiah, afiliado do Al Qaeda, foram presos no leste de Java.
"Eles tinham feito planos para as ações no curto prazo, em relação ao Natal e Ano Novo", disse o chefe da política no leste de Java Budhi Herdi Susianto à TV Metro.
(Por Agustinus Beo da Costa, Gayatri Suroyo e Angie Teo)