Por Alexandra Ulmer
CARACAS (Reuters) - Pouco mais de um em cada quatro venezuelanos aprovam o governo do presidente Nicolás Maduro no momento em que uma grave crise econômica pesa sobre o líder de esquerda, de acordo com um importante instituto de pesquisa.
Os venezuelanos sofrem com uma alarmante falta de produtos, incluindo pão e antibióticos, com uma inflação destruidora de salários e com os cada vez mais frequentes cortes de luz e água, à medida que o modelo estatista do país integrante da Opep se desfaz.
Maduro, a quem a oposição luta para tirar do cargo neste ano, viu o seu índice de aprovação cair de 33,1 por cento em fevereiro para 26,8 por cento em março, segundo pesquisa do Datanalisis vista pela Reuters.
Embora baixa se comparada com a do seu carismático mentor e antecessor, Hugo Chávez, a popularidade de Maduro permanece acima da de presidentes de países vizinhos, como Juan Manuel Santos, da Colômbia, e Dilma Rousseff.
Mesmo assim, 68,9 por cento dos venezuelanos ouvidos na pesquisa disseram que Maduro deve deixar o cargo neste ano ou ser removido por um referendo revogatório antes do final do seu mandato em 2019, índice que subiu em relação aos 63,6 de fevereiro.
A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, foi realizada entre 4 e 14 de março e tem margem de erro de 3,04 por cento.